domingo, 25 de dezembro de 2011

Força e Poder

Quando João nasceu, eu e seu pai não estávamos casados, então fiquei muito preocupada pois venho de uma família onde, praticamente, só há mulheres e todas são muito fortes, decididas e, mandonas; mas, por outro lado, muito sensíveis e carinhosas. Fiquei receosa de que toda essa influência fosse, de certa forma, prejudicial a ele no sentido de torná-lo um homem mimado ou que nunca conseguisse exercer a autoridade constituída por Deus aos 'faltantes de costela'. Mesmo com tudo isso na cabeça, deixei o tempo correr e só voltei a preocupar outra vez quando ele começou a querer calçar meus sapatos e a perguntar para quê servem os esmaltes.
Nessa época ele já estava na escolinha, um lugar que conta com um psicólogo entre seus profissionais. Ele me falou - como de praxe- que tudo isso é normal, mas que eu poderia ajudar João dando a ele "símbolos masculinos de força e poder". Bonecos de heróis e seus inimigos também, armas de brinquedo, usar aquilo que a mídia oferecia: sandálias, bonés, estamparias com os tais heróis... Ele falava, falava e meu coração apertava, apertava...
Nunca nada disso bacana. Hoje em dia, e quando eu era criança também, todas as meninas queriam ser uma princesa, menos eu. Nunca vi graça em brincar de boneca e não fiquei traumatizada por causa disso. Mas eu tinha minha mãe, minhas tias e todas essas mulheres que me cercam. E João? Aos poucos, outras estratégias foram surgindo. A presença mais constante do pai, foi fundamental, mas tem uma coisa que vem fazendo a diferença: a leitura de histórias da Bíblia.
A Bíblia é repleta de histórias de lutas, de homens corajosos que, através da fé e com o uso da força e da espada, conquistaram grandes vitórias. Deus me deu descanso com esse discernimento. Meu pequeno não precisa se espelhar em homens imaginários que podem voar ou subir pelas paredes, ele tem Abraão, José, Moisés, Jonas, Sansão, Noé, Elias, Eliseu e o próprio Jesus. Homens reais que foram corajosos em Deus e cumpriram Seu propósito através da força da fé no Criador.
No último aniversário, de 3 anos, João ganhou um desses símbolos midiáticos e mal toca nele, mas na última chuva forte que caiu sobre a cidade, falou à vista de tias e primos que ''aquilo parecia um dilúvio. Só faltava a arca de Noé!"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tesouro Peculiar

Ser feliz não é fácil e cada um de nós há de dizer " Eu que o diga!". Desde criança eu tenho uma teoria maluca - e um tanto revoltada - de que o jogo do Super Mário* é um simulacro da criação e planos de Deus para a vida do homem. Vários labirintos, cheios de desafios, premiações e armadilhas. A depender da estrada que se toma teremos mais armadilhas e bichinhos querendo tirar nossa força ou mais premiações e bônus de força. Isso é pra todo mundo, mas creio que para os que se dispõem ao Evangelho a coisa toda se complica.
  Isso de entregar o controle não é fácil, nem se você entrega para o Criador do jogo.  Afinal, Mários e Luiggis têm vontade própria, fomes próprias, curiosidades próprias e ninguém mantém o sorriso quando contrariado e posto em limites. Todos os dias vivemos procurando a felicidade muito bem escondidas nos cantos dos nossos aquários. Se "garotas boas vão para o céu e as outras vão a todo lugar", essas têm mais chances de achar bônus de felicidade, certo? Não há garantias e é só olhar em volta para comprovar.
 Ultimamente tenho dito a mim mesma que ser feliz mesmo não é jogar água fria em sua natureza dinâmica só para seguir padrões pré - Guerras Mundiais. Não é calar a razão. Eu mesmo, sou muito feliz tendo razão! É preciso aprender a canalizar as energias (cinéticas, centrífugas, telepáticas, aeróbicas...) naquilo que é bom, reto, amável, de boa fama e tudo aquilo de Fil 4:8 que eu não consigo decorar! Estou perseguindo o fato de que ser feliz é ser o Tesouro de Deus. Peculiarmente construída em Seus moldes, mas singular. Porque Ele me ama particularmente e não me daria inteligência e livre arbítrio como prisões de tortura. A Bíblia diz que fomos criados para o louvor da Sua Glória e eu estou crendo que cada Filho Precioso é uma Estação do Ano, um ritmo, uma cor e, se Ele te fez Verão Aleggro Azul-turquesa, não vai querer te ver Inverno Pianíssimo Cinza!




* Super Mário foi o único joguinho que já tentei jogar. Nunca consegui!